Como o título já indica, este livro trata de práticas e construções simbólicas que deram corpo e significado ao sertão rico em ouro e diamantes. Uma das teses aqui defendida é a de que o território das Minas não nasceu espontaneamente do arrojo bandeirante, nem da aventura, entendida como ação não calculada ou codificada. O território se fez no entrecruzar das memórias, a partir de uma ampla experiência coletiva de exploração, centrada na noção política e cultural de descobrimento. Por isso, esta pesquisa buscou reunir fragmentos de um tempo estendido, compondo o quadro criativo de uma singularidade no interior da América portuguesa, denominada Minas Gerais.