A Psicologia brasileira, como ciência e profissão, constitui-se de muitos e diferentes olhares, pontos de vista (ou vistas de um ponto) nem sempre harmônicos ou de tom igual. A bem da verdade, quase que nunca o tom é igual, muito embora também esse tom quase nunca seja vociferado a partir das ‘periferias do pensamento’. O Nordeste, o sertão, o que escapa à colonialidade do saber nacional, vai se costurando na luta diária por resistir, por existir e por se fazer ouvir. E como as sertanejas e os sertanejos, nós, que produzimos uma Psicologia também cotidiana, mas a partir das ‘periferias do pensamento’, também ensejamos fazermo-nos fortes e presentes no cenário nacional... É daí que este livro, Psicologia sertaneja: práticas e saberes contemporâneos, nos fala.