Crítica e propositiva, bell hooks defende uma revolução feminista que transcenda reformas, com enfrentamento das ideologias do sexismo, do racismo e do capitalismo, entre outras. Defender o feminismo é não admitir qualquer tipo de opressão sobre (ou entre) mulheres. É considerar homens como potenciais opressores, mas também potenciais camaradas na luta. Em linguagem acessível, a autora faz críticas aos problemas ainda atuais do feminismo, que costuma ser branco, de classe média, acadêmico, heteronormativo e desigual. Em contrapartida, propõe a revolução feminista idealizada por mulheres negras. Diferentes mulheres, provenientes do centro e das margens, em solidariedade política, com a parceria de homens, tendo como foco a ressignificação das relações. A revolução feminista negra é uma luta por libertação, de todxs. Radical, apaixonado e crítico do establishment do movimento feminista, o livro defende um feminismo lastreado em três eixos de combate: o antissexista, o antirracista e o anticlassista. Ressalta, ainda, o papel fundamental das mulheres negras no processo revolucionário de ação de libertação de todas as mulheres – e homens – de qualquer cor da rede de dominação e opressão. Nome de referência do movimento, bell hooks faz uma análise dramaticamente inclusiva que nos conduz por todos os aspectos da sociedade, desde relações econômicas de poder, orientação sexual, preconceito social até os relacionamentos inter-raciais e familiares. Um dos textos mais importantes do feminismo moderno, mantendo-se absolutamente atual, vital, incontornável.