As imagens da masculinidade adulta, proporcionadas pela cultura popular, estão desgastadas e, portanto, não são mais precisas e confiáveis e devem ser revistas e atualizadas. O homem, ao chegar aos 35 anos, sabe que as imagens de adequação, dureza e veracidade masculinas, recebidas na escola secundária, já não funcionam na vida. Ele está aberto às novas visões do que o homem é, ou podia ser. Para resolver esta problemática importante e atual envolvendo o papel do homem no mundo moderno, o autor faz uso de imagens das velhas histórias: contos de fadas, lendas, mitos, folclore repositórios de conhecimentos aos quais a humanidade pode recorrer para enfrentar situações novas, em busca de novas maneiras de reagir, que podemos adotar quando as maneiras convencionais e habituais se desgastam. Assim, é nos velhos mitos que tomamos conhecimento, por exemplo, da energia de Zeus, dessa energia de liderança positiva que a cultura popular declara, constantemente, que não existe; com o rei Artur aprendemos o valor do mentor masculino para a vida dos jovens. Ouvimos, na história de João de Ferro, a importância da passagem do reino da mãe para o reino do pai; e por todas as histórias de iniciação ficamos sabendo como é essencial abandonar todas as expectativas de nossos pais, e encontrar um segundo pai, ou "segundo Rei". Apesar do foco no masculino, o livro não busca colocar os homens contra as mulheres, nem fazer com que voltem ao estado de espírito dominador que durante séculos levou à repressão delas e dos seus valores.