Adriana, desdobrada em Silvia, encarna a pureza campestre; e Aurélia, o êxtase redentor. Juntas elas são a idealização do amor, tal como era concebido nos sonhos desvairados do autor. Evocando a região de Valois, no interior da França, onde passou a infância, Nerval faz renascer o mito do eterno feminino que sempre o perseguiu. Silvia sintetiza todo o fascínio que a mulher romântica pode exercer sobre o homem apaixonado. O estilo do autor, simples e despretensioso, empresta um ar de naturalidade às criações mais inspiradas de sua fantasia. "Silvia" é considerada a obra-prima de Gerard de Nerval e um dos mais belos exemplos da literatura romântica.