As atitudes e atividades sexuais durante o Iluminismo não eram uma coisa simples, unidimensional, tudo branco ou preto, bom ou mau. Os ensaios reunidos em "Submundos do sexo no iluminismo", organizado por G. S. Rousseau e Roy Porter, alertam que imagens femininas alimentadas pelos homens da época podem não corresponmder ao que as mulheres realmente vivenciavam. Além das experiências libertinas de Casanova e Boswell, vêm à tona temas como o do travesti, mulheres setecentistas que se faziam "passar por homens", a questão da imaginação, usada para explicar anomalias sexuais como o hermafroditismo e os bailes de máscaras, um mundo sexual de cabeça-para-baixo, onde tudo o que fosse heterossexualmente erótico poderia acontecer, desde que não se lhe desse o devido nome.