Os avanços no campo da Tecnologia da Informação e da Comunicação têm trazido aos sujeitos, pesquisadores e profissionais, indagações de várias ordens e naturezas. Como será de agora em diante? Qual o lugar do professor neste cenário? O que vai mudar no seu trabalho, na sua vida e na sua profissão? Quem sustentará tais mudanças? Até que ponto a implantação das tecnologias induz mudanças na educação? Há correlação entre tais mudanças e as políticas educacionais, dentre elas as de formação de professores? No campo da educação, em uma conjuntura que apela para o reformismo e mudança como condições da qualidade requisitada - frente às exigências sociais e de mercado -, as incertezas e os questionamentos também são variados e traduzem simultaneamente espanto, curiosidade e medo. Os temas aqui tratados podem servir para discutir e repensar a formação dos professores em tempos digitais. Dito de outra forma, isso pode significar uma estratégia de sobre-vivência da profissão docente, que se vê cercada de um potencial tecnológico, para muitos, capaz de intensificar a precarização do trabalho e de contribuir para a diluição do papel do professor.