Seu foco fundamental está na identificação dos princípios que regem uma sociedade e que privilegia a co-existência social, de forma a garantir a sobrevivência e o usufruto dos benefícios relativos à essência do ser humano. Em suas considerações Rousseau demonstra que o homem, fora da sociedade, é um animal estúpido e limitado. Por conseqüência sua melhor alternativa à degradação da igualdade natural, decorrente da desigualdade física entre os seres humanos, é o estabelecimento de um pacto social baseado em princípios da igualdade moral; surge a legislação. Outro tema da obra, sujeito às preocupações do autor diz respeito à soberania e sua legitimidade, como base da sociedade política, tratando de analisar as condições e os limites em que deve operar o poder soberano, bem como, as condições de funcionamento do poder governamental e seu aparato burocrático. Para ele pela mesma razão que a torna inalienável, a soberania é indivisível, porque a vontade é geral. Em seguida Rousseau trata das formas de governos, incluindo a democracia a aristocracia, a monarquia e os governos mistos. Para ele toda ação livre tem duas causas, que concorrem para produzi-la: uma é moral, a vontade que determina o ato; a outra é física, a força que a executa. Assim, o ato de governar exige o concurso de móbiles idênticos caracterizados pela vontade e pela força. A vontade representaria o Poder Legislativo e a força o Poder Executivo; sem o concurso de ambas, nada se faz ou se deve fazer.