Tema inesgotável da agenda pública, o debate sobre a desigualdade no Brasil é objeto de paixões desenfreadas. Discussões impetuosas, travadas ao sabor das conveniências de ocasião, quase sempre turvam diagnósticos abrangentes e necessários para a compreensão desse fenômeno.
Esta obra navega em direção contrária e procura caminhar além do terreno da especulação. Os catorze ensaios aqui reunidos descrevem um panorama denso e complexo das trajetórias das desigualdades de 1960 a 2010. Além do rigor conceitual e da perspectiva ampliada, os autores partilham como ponto de partida a fidelidade aos dados estatísticos das seis edições dos Censos Demográficos produzidos pelo IBGE no período.