Nascida da relação incestuosa de Édipo e Jocasta, Antígona desobedece às ordens do rei Creonte e sepulta o irmão Polinices. Por isso será condenada e acabará por se suicidar. Manifesto da defesa do indivíduo contra o Estado ou, pelo contrário, apologia da razão de Estado? Ou denúncia das leis humanas em favor das divinas? Na pluralidade das interpretações possíveis do mito - de Ésquilo e Sófocles a Racine, Hegel e Hölderlin - o conflito entre Antígona e Creonte tornou-se uma dimensão da consciência intelectual e política das sociedades actuais. O tema é analisado por Steiner, nos mais variados domínios- filosófico, político, no teatro, na poesia, prosa, ópera, ballet, cinema e artes plásticas.