Aumento da riqueza global e agravamento dramático das desigualdades constituem duas das mais acentuadas características da vida económica contemporânea. Enquanto os lucros se acumulam para uma minoria, os recuos sociais multiplicam-se para muitos. Uma situação destas é tanto mais inaceitável quanto nada tem de fatalidade. É o que põe em evidência o presente ensaio, que não só desenvolve uma crítica renovada da incapacidade do mercado para garantir a coesão social como propõe ainda uma abordagem económica que integra as diferentes dimensões do agir económico. Os contornos de uma economia humanista podem, então, ser traçados e, por conseguinte, concebido o aspecto social de uma estratégia de desenvolvimento durável. Contra a ideia actualmente divulgada de que a lei da selva poderia ocupar o lugar da civilização, este livro convida a um olhar diferente, apela para o voluntarismo político; por outras palavras, aposta na liberdade da pessoa contra a tirania das coisas.