Em nosso trabalho, privilegiamos o enfoque da instituição jurídica sobre a família, a partir do fenômeno do divórcio, na disputa de guarda. Há todo um contexto social, histórico e institucional que prepara o terreno para a aceitação do trabalho pericial psicológico, que coloca novos desafios técnicos e éticos ao psicológico forense. Entre as injunções dos operadores do direito, por um lado, e as demandas dos membros das famílias, por outro, é que se procurou discriminar os procedimentos postos em prática neste campo. Dentre as atividades neste campo, a delimitação do objeto da perícia (fatos ligados à determinação de guarda em Direito de Família), trazem questões específicas subsidiárias da Psicologia Clínica: a utilização da teoria (psicanálise, teoria sistêmica construtivista, terapia familiar) e do modelo clínico (entrevista, observação e testes).