O livro é dividido em duas partes (capítulos 1 e 2). A primeira parte cuida do problema dos grupos de sociedades sob a lógica da Teoria dos Custos de Transação e da Teoria Positiva da Agência. Desta forma, é possível a identificação do modo de governança da empresa grupal para além daquelas outras organizadas por cada sociedade isolada componente do grupo. Esse caminho traz à superfície um problema presente na dogmática do direito societário: as relações havidas em contexto de empresa são normatizadas como se ocorressem em contexto de mercado. Desse problema maior derivam vários outros, todos devidamente tratados na obra, sustentando os autores a proposta de abertura do órgão estratégico da controladora aos interesses das controladas. Na segunda parte é feito um exame sobre o dinâmico modelo dos grupos societários e suas estratégias regulatórias: uma mirada civilista sob a tutela do ilícito, particularmente no interno do grupo de fato qualificado. O estudo transcende a discussão da reparação de danos, pois a ênfase reside na inovadora abordagem da função preventiva da responsabilidade civil no contexto societário.