Arqueologia da violência: raízes e movimentos é o livro que abre a trilogia O percurso da educação humana. Aqui, o autor afirma que O maior problema da Filosofia é o problema da violência. Mas, antes de o problema se tornar filosófico, a violência é o dilacerante problema da ordem das relações humanas no mundo da vida, da vida no aqui e agora, cotidiana. A violência é como um tumor dentro da memória. O esforço do autor procura ultrapassar o fenomenismo reducionista de muitas abordagens escavando por dentro da violência, numa arqueologia, até chegar às raízes, esforço arqueológico de acompanhar e dizer seus movimentos, de perceber e anotar a lógica que a faz durar, dilatar-se e fixar-se nas vidas concretas como um prato de dor que cada existente, com consentimento ou não, é levado a servir-se cotidianamente. Quais e quantas são as principais raízes da violência real? Quais e quantos são seus maiores e decisivos movimentos? São as circunstâncias exteriores ou mesmo estruturais, sociais, que determinam os índices de violência praticada? É o ser humano que é naturalmente violento? Não é possível a paz com os outros? O que internamente a História da Filosofia tem a ver com a violência? O leitor é convidado a uma viagem, não a passeio, reflexiva que pode abrir ao humano possível, desde aquém e para além da violência real.