Esse livro aborda as contradições de um dos pilares da identidade brasileira - a mistura de raças. Por meio da narrativa do dia de formatura de um jovem negro, o autor discute o preconceito de cor, muitas vezes disfarçado na atitude tipicamente brasileira de celebrar a mestiçagem. O texto de Júlio Emílio Braz mostra que nossa suposta democracia racial é marcada por malabarismos lingüísticos e atitudes racistas, que tendem a embranquecer ou mesmo a tornar a cor da pele invisível. E o próprio personagem central da história entra em conflito consigo mesmo quando percebe que ele também acha a cor da pele de sua família escura demais, e se sente incomodado com os dreadlocks das primas e as boinas jamaicanas do tio.