Pense nos personagens femininos que vivem além de seu tempo. Muito bem, agora imagine uma que, além disso, trava uma guerra contra uma classe ocultamente poderosa a favor de uma claramente fraca. Ela é Anita de Luanda, alguém que luta pela justiça e pelo direito de ser feliz ao lado de quem ama e quer. Falo de um triângulo amoroso do século XIX, representado nos palcos dos crimes de baronesas do café contra negras escravas. Tudo parece normal, se neste triângulo não houvesse Eugênia (jovem harpista que é amiga de Anita desde a infância, que vai estudar na Europa e volta com ideias avançadas para sua época) e Acácio (jovem médico abolicionista, cavalheiro e sedutor, abolicionista e um liberal exaltado), apaixonados pela mesma mulher: a Baronesa.