Com Alethéia através dos tempos: Desde que escrevi o romance A Mulher do Espelho, aprendi como o espiritismo abre imensos caminhos para a literatura. No entanto, para isso, escritor e leitor devem estar despidos de qualquer tipo de preconceito, principalmente os de ordem espiritual. Este livro não foi psicografado. Nasceu da criatividade literária de Lígia Messina, aliada a sua vivência kardecista de muitos anos. Mas, nos agradecimentos, ela soube dirigir-se com prioridade aos mentores que sempre estiveram a seu lado. Como professor da arte de escrever, o vi nascendo capítulo por capítulo, cada um deles sendo debatido comigo e com os colegas de Lígia em sala de aula. Foi uma experiência enriquecedora para todos nós, leigos no tema, mas que contribuímos com preciosas opiniões de escritores e leitores. Por isso, ao reler as palavras iniciais do primeiro capítulo, Almas errantes, senti um arrepio benfazejo percorrer-me a alma: Judeia, ano 33 da Era Cristã. O Império Romano domina a Palestina. Há confronto entre conquistados e dominadores. Surge o Messias esperado pelo povo judeu. É nesse clima descrito com veracidade e poesia que a autora nos apresenta Alethéia, delicada e bela flor romana. Personagem que será o fio condutor do romance em diferentes planos e encarnações, que reservam maravilhosas surpresas ao leitor. Obrigado, Lígia. Por alguns segundos, reencarnado em D'Artagnan, tiro meu chapéu de plumas e o arrasto no chão, a tua frente, num gesto de homenagem à sabedoria e ao talento. - Alcy Cheuiche, Porto Alegre Feira do Livro de 2017