Metrópole industrial do continente europeu na virada do século XIX para o XX. Capital cultural nos dourados anos 1920. Sede do governo fascista de Hitler. Espólio de guerra compartilhado por quatro nações. Duas meias cidades separadas por um muro. Capital reunificada. As muitas facetas de Berlim ao longo do último século são analisadas no primeiro livro de Peter Schneider publicado no Brasil: Berlim, agora A cidade depois do muro. Autor de mais de 20 títulos, Schneider foi um dos primeiros alemães a escrever sobre o muro que dividiu a capital da Alemanha no aclamado The wall jumper (sem tradução no Brasil), lançado em 1982. Morador de Berlim desde a década de 1960, o escritor e jornalista acompanhou a vida na cidade partida e a rápida metamorfose pela qual ela passou após a queda do muro, em 1989. Descrita por Ernest Hemingway, em 1923, como vulgar, feia, sombriamente dissoluta, a cidade mantém cada uma dessas características. Não por acaso foi chamada de sexy, mas pobre por um de seus governantes já no século XXI. Alçada a capital do país mais rico da Europa, Berlim destoa do restante do país. Mantém uma característica inacabada, mas atrai turistas interessados tanto na sua história quanto no modo de vida despretensioso de seus habitantes, cada vez mais cosmopolitas. Não é de todo fácil explicar por que, já há algum tempo, Berlim vem sendo uma das cidades mais populares do mundo. Não se deve a sua beleza, porque Berlim não é bonita; Berlim é a Cinderela das capitais europeias, descreve Schneider no início do livro ao tomar o desafio de compor um retrato da cidade. Combinando memória pessoal, relatos históricos, anedotas sobre a vida berlinense e entrevistas, Schneider mostra ao leitor os bastidores da cidade que tornou-se o microcosmo das crises de âmbito internacional do século XX. A vida sob a Stasi, as diferenças entre Leste e Oeste, os esforços de reconstrução, as contraditórias opções arquitetônicas, a cena artística, a vida noturna, o racismo e o xenofobismo, a política tumultuada e as peculiaridades ocultas de seus moradores revelam o que torna Berlim o lugar fascinante que é. Metrópole industrial do continente europeu na virada do século XIX para o XX. Capital cultural nos dourados anos 1920. Sede do governo fascista de Hitler. Espólio de guerra compartilhado por quatro nações. Duas meias cidades separadas por um muro. Capital reunificada. As muitas facetas de Berlim ao longo do último século são analisadas por Peter Schneider em "Berlim, Agora - A Cidade Depois do Muro". Combinando memória pessoal, relatos históricos, anedotas sobre a vida berlinense e entrevistas, Schneider mostra ao leitor os bastidores da cidade que tornou-se o microcosmo das crises de âmbito internacional do século XX. A vida sob a Stasi, as diferenças entre Leste e Oeste, a cena artística, a vida noturna, o racismo e o xenofobismo, a política tumultuada e as peculiaridades ocultas de seus moradores revelam o que torna Berlim o lugar fascinante que é.