“Você está extremamente certo ao tomar Platão como uma ideia para a compreensão da hermenêutica ? losó? ca, e acredito que você está certo em constatar que Gadamer é um dos leitores mais sensíveis de Platão disponível para nós. Eu brincava frequentemente com Gadamer que ele não era realmente um alemão, mas, no fundo, um ? lósofo grego antigo. Ele sempre gostava dessas conversas e daquela brincadeira com ele – penso que o prazer que ele encontrava nessa piada era que ela era fundada em uma verdade real: Gadamer abordou a ? loso? a de uma forma que mais ressoava com Platão do que praticamente qualquer outra ? gura na história da ? loso? a. Mais do que Heidegger, Platão é, na minha opinião, a melhor entrada no pensamento de Gadamer: mesmo quando Gadamer não está explicitamente discutindo Platão, o ideal do texto platônico e a ? gura de Sócrates nunca parecem distantes das preocupações de Gadamer. Nunca deve ser esquecido que Gadamer formou-se originalmente como um ? lólogo: textos gregos antigos pertencem ao seu próprio início e nunca deixaram ele. Nos diálogos que tivemos, Gadamer sempre insistia na legitimidade da Carta Sétima e na sua importância fundamental (...) Mas o que realmente sei pelo que consigo ler e o que também sei pelos inúmeros diálogos que tive com você ao longo dos anos éque sua interpretação que começa abordando a teoria hermenêutica por meio da Carta Sétima dirige-se profundamente aos problemas da hermenêutica. Aprendi com você sobre isso e só posso dizer, agora, que estou ansioso pelas conversas que ainda teremos no futuro.” Prof. Dennis J. Schmidt, Research Professor of Philosophy University – Austrália