A integração do negro na sociedade de classes (no limiar de uma nova era), de Florestan Fernandes, completa essa verdadeira opus magna de nossa sociologia. Se no volume I o autor punha em cheque de modo explícito -o mito da democracia racial-, além de promover um deslocamento conceitual e geográfico da questão racial no Brasil, introduzindo, de um lado, a abordagem marxista da sociedade de classes, e de outro, o caso paulista em lugar do nordestino (i. é, a nova situação industrial em detrimento da agrária), neste volume 2, mais propriamente sociológico e menos conceitual-histórico, Florestan Fernandes aborda diretamente o movimento ou movimentos negros - ou melhor, a emergência e as perspectivas de tais movimentos na sociedade e na política brasileiras.