Os castelhanos reproduziram histórias sobre o Novo Mundo repletas de elementos fantásticos; os portugueses, por sua vez, usaram todo o seu pragmatismo. Originalmente defendido como uma tese na Universidade de São Paulo, em 1958, este célebre ensaio sExaminando um período abrangente, que se inicia nos primeiros contatos realizados pelos colonizadores portugueses e espanhóis com o continente americano, até o século XVI, "Visão do Paraíso" inaugura o ensaísmo sobre o imaginário do colonizador. O livro, editado pela primeira vez em 1959, antecipou a historiografia das mentalidades ao estudar os mitos edênicos que acompanharam as narrativas dos descobrimentos e da colonização da América. Na época de seu lançamento, predominava o cunho econômico-social dos estudos, mas Sérgio Buarque de Holanda recompôs a concepção paradisíaca que os descobridores tinham do Novo Mundo, desenvolvendo uma abordagem de longa duração, cujos efeitos se fazem sentir até os dias de hoje.Examinando um período abrangente, que se inicia nos primeiros contatos realizados pelos colonizadores portugueses e espanhóis com o continente americano, até o século XVI, "Visão do Paraíso" inaugura o ensaísmo sobre o imaginário do colonizador. O livro, editado pela primeira vez em 1959, antecipou a historiografia das mentalidades ao estudar os mitos edênicos que acompanharam as narrativas dos descobrimentos e da colonização da América. Na época de seu lançamento, predominava o cunho econômico-social dos estudos, mas Sérgio Buarque de Holanda recompôs a concepção paradisíaca que os descobridores tinham do Novo Mundo, desenvolvendo uma abordagem de longa duração, cujos efeitos se fazem sentir até os dias de hoje.