As ideias de Wilhelm Reich inspiraram o surgimento de diversas formas de psicoterapias que buscavam implicar o corpo e seus registros históricos de dores amorosas na etiologia do adoecimento afetivo. Partindo de tal premissa, o autor mostrará uma possibilidade de compreensão fenomenológico-existencial do diagnóstico usualmente proposto pelas teorias corporais, pois acredita que as cicatrizes da existência se inscrevem na carne. Estabelecendo um diálogo consigo próprio e com seus referenciais teóricos, Cipullo convida o leitor a refletir acerca dos obstáculos, dificuldades e descobertas que se estabelecem no contato entre esses dois referenciais.