Os efeitos espaciais / territoriais do processo de União Europeia e a inovação relacional que exigem só agora começam a ser visíveis. A afirmação do território funcional da União altera a organização/relacionamento económico e espacial dos sectores organizações, bem como a especialização económica dos territórios, e reformula as vantagens comparativas e competitivas interterritoriais. A União Europeia enquanto espaço de mobilidade não significa necessariamente uma colagem de polarizações ou de homogeneização de territórios. As estratégias de actuação em rede são, antes de mais, estratégias utilitaristas e de reposicionamento no sistema aberto. Este novo relacionamento transnacional reticular assume-se, cada vez mais, como um problema de pilotagem, não só para cada um dos territórios locais e regionais como também para os governos nacionais e instituições da União Europeia. PAULO ALEXANDRE NETO nasceu em 1967, é doutorado em Economia, professor auxiliar do Departamento de Economia da Universidade de Évora e director da Comissão de Curso da Licenciatura em Economia desta Universidade.