O autor acredita que os ícones podem gerar profunda impressão na vida interior, especialmente quando não se consegue rezar, quando se está cansado demais para ler ou inquieto demais para desenvolver pensamentos espirituais, deprimido demais para encontrar palavras para Deus ou cansado demais para fazer qualquer coisa. Nesses momentos, contemplar pode dar origem a uma experiência de amor. Ao dispensar aos ícones uma atenção prolongada e de prece, as palavras podem ser esquecidas, porque ícones foram feitos para oferecer acesso, através do portão do visível, ao mistério do invisível. Os ícones são pintados para levar ao espaço interior de oração e aproximar do coração de Deus. Os quatro ícones russos sobre os quais se medita nesse livro (o ícone da Santíssima Trindade, o ícone da Virgem de Vladimir, o ícone do Salvador de Zvenigorod e o ícone da descida do Espírito Santo) expressam quatro aspectos do mistério da salvação. [...]