Mais uma vez fomos distinguidos com o pedido (que muito nos apraz e dignifica) de escrevermos mais uma obra para a EDITORA ECO. Desta vez, porém, fugindo um pouco à nossa habitual linha Umbandista, justo por que se trata de um livro sobre a já tão decantada e difundida ESCRAVA ANASTÁCIA. Não a encararemos como o se tem feito já, mostrando-a, apenas e tão-so-mente, como uma entre as conta de mulheres negras que foram trazidas para a nossa terra, o nosso querido BRASIL, nos primórdios de sua vida como nação, todas elas vítimas da concupicência (libidinosidade) dos senhores de escravos, os quais delas se aproveitavam para saciar suas necessidades sexuais, ao enseio dos eventuais impedimentos de suas próprias esposas. Não a encararemos, outrossim, como a vítima indefesa dos caprichos das Sinhás Moças, de suas manifestações incontidas e mesmo incontroláveis de sua doentia inveja. Fá-lo-emos, pois, apenas sob o aspecto humano ou, melhor e mais apropriadamente falando, sob o aspecto de indefesa e frágil criatura humana, pem-> te o poder dos homens de então. Fá-lo-emos, também, sob o aspecto de criatura humana que, por dívidas cár-micas, para a Terra vieram saldar suas pesadas responsabi l idades, contraídas em vidas anteriores. Daí, portanto, o dizermos -- e por que não?!... - neste nosso novo livro - e o faremos em alto e bom tom - que, para nós, a iremos considerar, antes que tudo, como uma verdadeira santa. E tanto o é que, desde agora em nosso próprio nome e, com a devida vénia de nossos estimados amigos, diretores da ECO, lançando a ideia que de há muito nos persegue, de lutarmos, por todos os meios e modos, na ideia da BEATIFICAÇÃO de ANASTÁCIA. Fá-lo-emos, destarte, sob a luz do Espiritismo e, mais ainda, da própria Umbanda a que pertencemos com todas as nossas forças, com todo o nosso amor, com toda a nossa dedicação. Claro e inconteste é que, com o fazermos, não poderemos agradar a gregos e troianos.