O que acontece aos jornalistas que cobrem conflitos e presenciam inúmeras situações de violência, medo, fome e desolação? Eles, que vão a epicentros de guerras e locais perigosos, com um trabalho a ser feito. Com uma reportagem a escrever, uma foto a tirar, uma cena a gravar, para fazer ser conhecido aquilo que muitos querem esconder. Tudo isso em meio a prazos, pressão de editores, busca por focos inusitados, disputa por entrevistas exclusivas, conquista de clientes para vender material e riscos eminentes e constantes, como fogo cruzado, atentados, perseguição policial e de milícias, possíveis minas terrestres e sequestros. Qual o impacto psicológico de tudo isso? Através de relatos de correspondentes de guerra e ambientes hostis, este livro mostra diferentes reações e formas de lidar com situações potencialmente traumatizantes e que, mesmo com quase nenhum apoio psicológico, os profissionais de mídia continuam a correr riscos para contar novas histórias. Sem dúvida, eles são uma tribo altamente motivada e resiliente, conceitos que serão abordados por especialistas e estudiosos nas páginas adentro. A cobertura de conflitos pode até ter hora para terminar, mas as experiências e memórias deste trabalho tenso e perigoso permanecem para muito além da pauta, às vezes por dias, semanas ou até presentes por anos.