De onde vem o que você pensa sobre a deficiência? Neste livro, estabelecemos a relação entre nossas concepções de tempos (plural) e nossa percepção do que deficiência significa. De fato, a vivência cotidiana estabelece-se a partir de ritmos aos quais subjaz uma noção particular de tempo. Essa vivência possui, portanto, uma temporalidade particular e não outra. As vivências, entretanto, modificam-se historicamente, fazendo-se inferir que também mudam as noções subjacentes de tempo. Com essa mudança, comportamentos e simbologias, imbricados que são, podem mudar consideravelmente. Neste livro, contrastamos duas formas particulares de se conceber a tessitura do tempo, dentre outras que descrevemos. Especificamente, mostramos como o conceito de deficiência pode colocar-se em diferentes bases quando nos movemos de uma concepção de tempo à outra. Fazemos isso contrastando ambientes escolares do meio urbano e do meio rural quanto aos comportamentos dos membros de suas comunidades (...)