O autor da obra é o Cardeal prefeito da Congregação para a Educação Católica, responsável pela educação em toda a Igreja. Polonês como o Papa, Grocholewski é canonista, autor de inúmeros estudos na área. Com evidente simpastia, procura mostrar aqui, em três breves escritos, o pensamento antropológico de Karol Wojtyla, que só se fez confirmar na sua atividade como papa. Seria mesmo a chave interpretativa de sua forma de conceber o direito, como se pode constatar em todas as suas declarações a respeito do direito em geral e, em particular, no direito cristão e na prática pastoral.

O primeiro estudo expõe a antropologia filosófica de João Paulo II, em torno da afirmação enfática da dignidade da pessoa, que se exprime no agir livre, para, em seguida deduzir uma filosofia do direito que, embora não diretamente elaborada como tal, estaria, na opinião do autor, implicitamente contida na antropologia personalista do Papa.

No segundo estudo, consideram-se as reflexões feitas por João Paulo II em torno das publicações do Código do Direito Canônico, revisto em 1983, do Código do Direito das Igrejas Orientais e, finalmente, da Reforma da Cúria.

Finalmente, um terceiro breve estudo sobre a administração da justiça na Igreja e suas principais características. A presente tradução, obra do Cônego Dr. Martin Segú Girona, foi feita a partir da versão espanhola, que se deve ao Professor Doutor Bogdan Piotrowski.