Imagine que você foi transferido, por uma máquina do tempo, para o ano de 800 do calendário atual. O cenário é uma floresta tropical dominada por centenas de cidades densamente povoadas, com planificação espacial e arquitetônica, cheias de pirâmides, que evidenciam alto grau de urbanização. Tais cidades, cada uma tendo entre 10 mil e 60 mil habitantes (maiores que muitas cidades brasileiras de hoje), abrigam pessoas de diferentes classes sociais: artesãos, comerciantes e reis. Reis? Sim: cidades governadas por reis que construíam monumentos com seus nomes, descreviam seus matrimônios e suas vitórias nas guerras em monumentos de pedra para serem vistos por todos. Seus sacerdotes escreviam livros, feitos de papel e de pele de animais, sobre eventos astronômicos, como os movimentos do Sol, de Vênus e até de Marte. Seus navegantes faziam comércio com regiões situadas a mais de mil quilômetros, usando rios e mares.