Propor - e responder - questões estéticas quanto à relação entre a arte e o artista, mais do que em relação à natureza externa, ao público ou aos requisitos internos do próprio trabalho, foi a tendência típica da crítica moderna até algumas décadas atrás, e essa continua a ser a tendência de muitos - talvez a maioria - dos críticos atuais. Esse ponto de vista é muito novo se comparado à história de 2.500 anos da teoria ocidental da arte, pois sua emergência como uma abordagem abrangente da arte, compartilhada por um grande número de críticos, não tem mais do que um século e meio. A proposta deste livro é historiar a evolução e (no início do século XIX) o triunfo, em suas variadas formas, dessa mudança radical para a perspectiva do artista no alinhamento do pensamento estético, e descrever as principais teorias alternadas com as quais essa abordagem teve que competir. A preocupação do autor concentra-se nas consequências decisivas dessas novas posições da crítica para a identificação, análise, avaliação e criação de poesia.No início do século XIX, consolidou-se uma nova maneira de perceber as questões estéticas em contraposição àquela que lograva mais de dois mil anos de tradição. A partir de então, e de maneira evidente na obra de muitos dos críticos literários atuais, a ênfase analítica se deslocou para a relação entre o artista e a obra. Neste livro clássico, M. H. Abrams conta como ocorreu essa transformação, analisando diversas teorias estéticas a partir de atributos absolutamente essenciais que essas concepções possuíam em comum.