Com seu clima quase onírico e uma espécie de estranheza no diálogo intertextual entre palavra e imagem, Marcia Cavalcanti cria uma espécie particular de conto ou crônica da vida real, em que tudo é matéria-prima para uma certa fábula filosófica que deixa entrever como são tênues as fronteiras entre os adultos e as crianças, com seus medos e desejos próprios, bem como entre os homens e os animais: todos são personagens desses desenhos quase animados que ilustram a vida de todos nós, estes outros bichos.