As tendências no sentido da globalização estão a modificar aspectos fundamentais do nosso mundo. O autor avança com fortes argumentos que põem em causa alguns aspectos centrais da versão actual de globalização. Tratam-se de argumentos que se fundamentam, do ponto de vista político, num activismo por parte dos cidadãos de todo o mundo que Falk designa por "globalização ascendente". O autor interroga-se sobre a possibilidade de restaurar o estado compassivo e responsável atendendo às condições globais presentes. Várias das perspectivas que presidem actualmente à concepção da política global estão a impelir os estados na direcção contrária, ou seja, no sentido da crueldade e da irresponsabilidade. Este facto revela-se particularmente válido no caso da agenda social e da protecção dos bens comuns globais. Na presente obra defende-se que o destino da humanidade depende de forma crucial do modo como o papel do estado irá evoluir e desenvolver-se nos próximos decénios. O debate gira essencialmente em torno da possibilidade de a globalização ser transformada a fim de melhor servir os interesses dos povos do mundo. A crise económica global sentida no final do decénio de 90 e acompanhada por uma viragem à esquerda em países importantes suscita a expectativa de que uma globalização mais humanista constitua de facto um projecto político mais oportuno e adequado. A análise proporcionada pela presente obra apresenta um enquadramento e uma perspectiva de futuro fundamentada para essa árdua tarefa e, especialmente, para a recuperação de poderes por parte do Estado de forma a que este possa melhor servir o bem-estar dos seus cidadãos e, por conseguinte, da humanidade em geral.