''A autora busca refletir sobre o parentesco entre o psicanalista e o artista, baseando-se em uma carta enviada por Freud ao escritor Arthur Schnitzler, na qual confessa não ter privado de sua companhia por temor de encontrar seu 'duplo'. Freud relaciona-se com a arte de forma ambígua, a arte é o estranhamento familiar, duplo movimento do desejo de proximidade e de afastamento. O desvendamento da experiência estética de Freud, experiência que ele jamais poderia reconhecer, é o objeto deste livro. A própria vitalidade do texto freudiano vai permitir essa aproximação com a arte, o que não leva a confundir psicanálise e arte. Ao discutir a metafísica ocidental, a psicanálise constitui um campo próprio de conhecimento, questionando inclusive a distinção entre o que é ciência e o que é arte.'' Miriam Chnaiderman