Ela poderia ter fugido do horror nazista e recomeçado a vida na América; poderia, com sua inteligência, ter estudado nas melhores universidades; poderia ter se casado e criado filhos. Mas nada disso bastaria para Simone Weil, sabendo das condições subumanas de trabalho nas fábricas ou da carnificina que imperava nos campos de batalha na Europa. Independentemente de sua condição de filósofa, judia de origem e feminista, ela era, antes de tudo, cristã, persistindo em viver onde o sofrimento pedia sua ajuda e sua solidariedade. A vida e o pensamento de Simone - para quem a força e a violência eram intoleráveis, inconcebíveis, inadmissíveis - estão neste tocante relato da professora de Teologia da PUC-Rio, Maria Clara Bingemer. A primeira parte narra a trajetória desta menina nascida em Paris, em 1909, de abastada família judia, dotada de notável inteligência, como seu irmão mais velho André. Foi das primeiras mulheres aceitas na École Normale Supérieure. Dividiu-se, intensamente, entre o magistério e uma efervescente atividade política, posicionando-se à esquerda e como simpatizante do anarquismo. Embora bastante jovem, "jamais lhe faltaram lucidez e isenção crítica quanto às contradições e aos limites das ideologias políticas", em seus escritos.A primeira parte narra a trajetória desta menina nascida em Paris, em 1909, de abastada família judia, dotada de notável inteligência, como seu irmão mais velho André. Foi das primeiras mulheres aceitas na École Normale Supérieure. Dividiu-se, intensamente, entre o magistério e uma efervescente atividade política, posicionando-se à esquerda e como simpatizante do anarquismo. Embora bastante jovem, "jamais lhe faltaram lucidez e isenção crítica quanto às contradições e aos limites das ideologias políticas", em seus escritos.