"Este livro analisa a cultura militante católica em Belo Horizonte, entre 1909 e 1941. Investiga a dimensão associativa e a atuação de trabalhadores, organizações, sindicatos e militantes leigos. Ademais, relaciona aspectos da formação política e religiosa dos trabalhadores e militantes leigos com a dimensão transnacional de constituição do movimento operário cristão. Preocupados com as condições de trabalho e vida dos trabalhadores, a militância católica belo-horizontina impôs sua cultura associativa e criou uma rede de organizações de trabalhadores que lutou por direitos de forma combativa, mas coerente com a visão de mundo defendida pela Igreja Católica. Há especificidades da cultura de trabalhadores cristãos dentro da cultura operária. A cultura confessional, que identifica os militantes católicos e os une em uma cultura militante específica e confrontante com correntes revolucionárias, é comumente negligenciada pela historiografia. [...]