Ali ninguém chegava por acaso. Porque ali era o fim do mundo, o extremo sul do Chile, que se acaba como renda nas águas frias do pacífico. Nessa terra, tudo era tão duro, tão desolado, tão maltratado pelo vento que até mesmo as pedras pareciam sofrem. O homem e a mulher Poloverdo viviam nesse lugar junto com o filho. Um menino nascido da rotina de seu leito, sem amor específico, que crescia como tudo o mais naquela terra isto é, não muito bem. Ele se chamava Paolo. Foi ele quem viu o homem chegando, lá embaixo no caminho. Dessa vez não era nem um geólogo, nem um agente de viagens, muito menos um poeta. Era Angel Allegria. Um ladrão, um trapaceiro, um assassino.