Maria Roothaer é a herdeira do único feudo existente em todo o continente americano. O ano de 1624 se aproxima. Naqueles idos, era impossível discernir amigo de inimigo, inexistiam fronteiras entre propriedades e as armas eram extensão do próprio corpo para se proteger de possíveis saques. A Herdeira acreditava somente em si para conservar e expandir suas terras. Assim, deixa o castelo da família por alguns dias para negociatas corriqueiras na capital. Mal sabia ela que essa viagem desencadearia uma sucessão de eventos que culminariam na invasão dos batavos. Pelos desígnios dos deuses, coube a essa mulher defender suas herdades e, pelo acaso, também coube a ela defender a capital do jovem país. Entre as peripécias dos deuses e o realismo da vida, a trajetória de Maria Roothaer é adornada pelo perfume de pólvora dos inimigos e pela ganância desmedida da Corte, mas acima de tudo ela precisará lidar com a complexidade dos desejos humanos.