A partir de definições várias de Mito, Portella Carneiro delega críticas contemporâneas a linguagens mitológicas, utilizando-se do tempo e da cultura como moldura para um quadro atual do Brasil. Desde o hexâmetro dactílico, metro poético enaltecido na Antiguidade Clássica, até a poesia concreta modernista, Mito verdadeiro explora diferentes linguagens para compor críticas à milícia da fé, que, por meio da criminosa família Bolsonaro, utiliza religião e agressividade para controlar a vida e a morte no Estado. Este livro é dedicado à Musa grega Clio, para que, pela sua inspiração, o poeta remonte o caráter cíclico da História. O livro se inicia feito o molde das grandes epopeias da literatura, portanto com uma invocação às musas, e se encerra com um moderno palíndromo, o maior em língua portuguesa, contando com 666 palavras. Neste livro, composto por 33 textos poéticos, os mitos são referenciados até nos detalhes, mostrando que o verdadeiro mito pode ser uma crença, uma fantasia,(...)