Através da uma voz totalmente original, inspirada nos povos Kaxinauá e Ashaninka, Ana Miranda conta a história de uma menina indígena que um dia se esconde no barco de um regatão e conhece a vida em uma aldeia católica.Esta é a história de uma menina que tinha uma vida como a de qualquer outra criança que vive em uma aldeia indígena. Ela gostava de brincar de fazer casinha, de balançar e cair no rio para se banhar, de pescar e de subir em árvores. Mas sua mãe tinha muito medo de que ela se machucasse e por isso sempre dizia que quem sobe muito em árvore ou vai pra longe de casa acaba virando passarinho. Um dia, essa menina resolve desafiar a mãe e não apenas sobe na árvore como, ao avistar o regatão, se esconde e sua canoa acaba sendo levada para a aldeia dele. Quando ela volta pra casa, já não é mais a mesma: virou japinim! Para contar essa aventura, Ana Miranda criou uma linguagem original e surpreendente, a partir do estudo das línguas dos povos Kaxinauá e Ashaninka, do Acre. Guiada pelo mesmo espírito, criou ela mesma as ilustrações. Mais do que o enredo, aqui é a forma da narrativa que nos leva para muito longe.