Na introdução, a autora coloca a proposta do livro, qual seja o ensino da matemática de uma forma criativa e estimulante para os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Ao mesmo tempo critica limitações do ensino atual que a seu ver impedem que se atinja esse objetivo. Fala de pensadores como Piaget, Vigotski, Montessori,que, no dizer da autora, nos lembram que as crianças não são pequenos adultos e devem ser respeitadas como crianças que são. No capítulo 1, aborda a construção do número operatório, os conceitos de classificação e seriação operatórias, e como a criança lida com eles (ou com o desconhecimento deles). No capítulo 2, apresenta o sistema de numeração decimal, fornecendo ideias e recursos para que ele possa ser compreendido e construído pela criança. Para isso, utiliza materiais concretos não estruturados, e estruturados como o material dourado, criado por Maria Montessori, e sugere também o uso de materiais simbólicos. No capítulo 3 desenvolve-se a construção conceitual das operações. Nesse ponto, a autora defende o abandono da expressão 'problemas matemáticos', pela conotação negativa que contém, substituindo-a por outras expressões, como 'situações ou histórias matemáticas'. Após isso, explicam-se os significados das operações fundamentais, sempre inseridas num contexto. Depois, é introduzido o conceito de tabelas de multiplicação, explicado e desmistificando o fantasma das 'tabuadas' e o medo que inspiraram as gerações passadas. Por último, no capítulo 4 desenvolve-se a construção de técnicas operatórias para cada uma das operações fundamentais. A autora destaca a importância de estimular a criança a criar registros numéricos espontâneos baseados nas ações concretas que realiza com materiais diversos. Finaliza sugerindo jogos que despertem o interesse das crianças e favoreçam o cálculo mental.