Coleção Mestres da Música no Brasil Chico Buarque de Angela Braga-Torres A Coleção Mestres da Música no Brasil acaba de lançar um novo volume, desta vez, dedicado a Chico Buarque de Hollanda. Cada livro expõe e acompanha a vida do artista, desde suas primeiras manifestações artísticas, até suas mais recentes concepções. Este projeto da Editora Moderna constitui um valioso instrumento para viabilizar um modo todo especial de apresentar aos jovens leitores os músicos e compositores brasileiros. Jovem tímido que hoje é mestre em criar sons harmônicos em que a melodia e a letra de uma canção formam um só corpo, Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de janeiro, em 19 de junho de 1944. Angela Braga-Torres traça a biografia do artista, sua trajetória musical e sua luta contra a censura. O texto se complementa com belas imagens ­ mais de 40, é ricamente ilustrado com fotos de época, documentos, obras de arte reproduções de cartazes, cartas e etc. Chico cresceu rodeado de musicas e de intelectuais, amigos de seu pai o historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda. Em 1953, a família mudou-se para a Itália e Chico, com 9 anos, já manifestava o desejo de ser cantor de rádio. Nesta época, conheceu Vinícius de Moraes e compôs suas primeiras marchinhas de carnaval. Aos 13 anos, já de volta ao Brasil, aprendeu as primeiras notas musicais no violão com sua irmã Miúcha e compôs operetas encenadas pela família. Interessado por literatura, lia obras de autores franceses, alemães e russos. Chico também ouvia muita música: rock-and-roll, samba-canção de Noel Rosa, o samba de Ismael Silva e Ataulfo Alves. Sua vida mudou quando conheceu o disco "Chega de Saudad" de João Gilberto que inaugurou um novo estilo musical no Brasil, a bossa nova. Com a vitória da música "A banda" no II Festival de MPB da TV Record, a vida de Chico Buarque começou a mudar, e ele pôde viver da sua arte. Conheceu a atriz Marieta Severo, em 1966, se casaram e tiveram três filhas. A repressão política fez com que a família fosse viver na Itália. Quatro anos mais tarde, apesar da censura, eles voltaram para o Brasil. Para conseguir driblar a ditadura, Chico passou a assinar suas letras com o pseudõnimo de Julinho da Adelaide. Fez muito sucesso e aimprensa descobriu a sua identidade. No final da década de 70, com o fim da censura, cineastas e diretores encomendaram a Chico músicas que passaram a integrar as trilhas sonoras de filmes e novelas. Apaixonado por futebol, inaugurou o "Centro Recreativo Vinícius de Moraes" disputando partidas na posição de centroavante em seu time, o Politheama. Em 1982, Chico Buarque perde seu pai e o Brasil, um grande historiador. O pai do artista não pôde acompanhar a abertura política. Com o retorno à democracia, Chico voltou à TV e a gravar discos. Escreveu romances, foi samba-enredo no carnaval e retornou aos palcos nos oferecendo sempre belas e comoventes canções. Afinal de contas, Chico Buarque é o mestre das palavras.Chico Buarque cresceu entre os livros de seu pai e a música, que apreciava desde bem pequeno. Além de mestre em criar sons harmoniosos em que melodia e letra se fundem para dar corpo às canções, Chico é um artista da palavra - transita praticamente por todos os temas, fazendo com que cada um, à sua maneira, venha identificar-se de alguma forma com suas sempre atuais composições.Chico Buarque cresceu entre os livros de seu pai e a música, que apreciava desde bem pequeno. Além de mestre em criar sons harmoniosos em que melodia e letra se fundem para dar corpo às canções, Chico é um artista da palavra - transita praticamente por todos os temas, fazendo com que cada um, à sua maneira, venha identificar-se de alguma forma com suas sempre atuais composições.