Uma aldeia italiana é surpreendida pela chegada de uma trupe de artistas, convidada a interpretar a ópera Pobre Tonietta. Animados pelo que eles acreditam ser a liberalidade moral dos cantores, os habitantes da cidade vão assumindo seus vícios e pecados, despindo-se de preconceitos e construindo uma democracia muito especial, cuja mola é a arte. "É o triunfo do amor, traduzido com abdicação do espírito individual em favor da humanidade", definiu Heinrich Mann, autor de "A pequena cidade" para um amigo, numa carta de 1910. É a consagração, numa narrativa leve, impregnada de commedia dell'arte, dos ideais pelos quais Heinrich Mann lutou ao longo dos seus 79 anos de vida literária e politicamente combativa.