O negócio jurídico, a pessoa concreta e suas escolhas existenciais Seguindo a tradição inovadora e criativa de sua Terra, o Professor Francisco Hupsel, que aqui avulta a veia de escritor, contribui para as novas gerações de juristas, propondo que se deixe de lado a repetição de velhas fórmulas (...) para apresentar os novos contornos de um discurso jurídico mais contemporâneo, denotando, de logo, um comprometimento com os ideais principiológicos constitucionais, além de um domínio dos modernos argumentos filosóficos. (...) nota-se que a obra cria uma unidade sistêmica, a partir de uma base epistemológica bem estabelecida: parte da firme e sólida perspectiva dos valores constitucionais para, então, descortinar, com precisão invulgar, a complexa estrutura endógena da autonomia privada, espraiada nas relações existenciais e patrimoniais, inclusive no âmbito contratual. Como um verdadeiro (e reconhecido, de fato e de direito) Mestre, com o cuidado e esmero típicos dos detalhes que não passavam desapercebidos pela sutileza atenta de Pierre Verger e da realidade que era captada por suas lentes, não esquece do retoque final: deleita o leitor com uma série de possibilidades decorrentes do entrechoque entre a autonomia privada com os bons costumes e a ordem pública, apresentando proposições para um futuro que já chegou. Para mais além de tudo isso, o texto literário ainda tem o condão de depurar (e projetar) a liberdade das pessoas nas suas escolhas existenciais, afastando os preconceitos e as hipocrisias que frequentemente adornam a sua compreensão. (...) É, pois, uma obra de Direito, sim. Mas também uma obra para reflexão de qualquer área do conhecimento que tenha por fim a pessoa humana e a sua liberdade de realizar-se como gente. Cristiano Chaves de Farias Francisco Hupsel Advogado, Mestre em Direito Civil pela Universidade de Coimbra, Professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia e da Faculdade de Direito da Universidade Católica dVeja mais »