é poesia tecnológica porque não saberia outra maneira de explicar. nunca fui de entender bem que tipo de escrita era a minha, só sabia que escrevia. mas também não era de assumir isso. mostrei meus textos pra Glauco (meu amigo que some), e ele disse: amiga, que bonito! é sempre delicada a situação de opinião, porque se eu não falo nada é um símbolo, se eu falo alguma coisa é outro. e tudo esconde algo. mas quero falar, sim. ‘ser ridícula vai me derrubar, se não me derrubar será meu triunfo’, ‘já foi mais difícil ser careca’ e ‘esperando o ponto do arroz passar porque eu gosto assim’ me pegaram. não tem desfecho, começam e terminam no mesmo clima e faz disso sua graça. poesia tecnológica. se fosse uma bebida, seria café. eu respondi que café era minha segunda bebida favorita e depois transformei parte desses poemas no meu primeiro livro de poesia. (tecnológica, é claro.) aliás, dos poemas que ele citou, só um permaneceu no livro. um dia farei algo novo com os (...)