Em Retrato natural, Cecília mescla um tom confessional envolvente e inquietante que passou a dominar os seus temas, motivados sempre por uma indissociável música interior. Com 85 poemas, a obra é um convite à grande viagem do conhecimento em versos que envolvem cores, flores, águas, pássaros, movimentos existenciais que têm como pano de fundo um sentimento finito por vezes irônico por vezes de puro deleite frente aos espaços naturais. Manuel da Costa Pinto, que assina o texto de apresentação da obra, observa que em Retrato natural: A poesia de Cecília Meireles é absoluta não no sentido de uma concreção da linguagem, da palavra tornada coisa entre coisas, som entre sons, mas no sentido da remissão a universais que são desentranhados da experiência sensível e, aí sim, submetidas ao andamento controlado, musical, de uma forma de exposição em que as situações existenciais, no que têm de prosaico, vão sendo desbastadas até chegar a correlatos objetivos que apontam para aquilo que é perene.Publicado em 1949, este livro revela a combinação de espiritualismo e realidade, abstração artística e profundidade humana, uma arte poética tão repleta de emoção que só poderia ser comparada à harmonia da música. Nos poemas aqui reunidos Cecília captura um retrato da mais sublime poesia que existe na natureza, nos seres vivos e nos sentidos humanos.Publicado em 1949, este livro revela a combinação de espiritualismo e realidade, abstração artística e profundidade humana, uma arte poética tão repleta de emoção que só poderia ser comparada à harmonia da música. Nos poemas aqui reunidos Cecília captura um retrato da mais sublime poesia que existe na natureza, nos seres vivos e nos sentidos humanos.