O triunfo da Revolução Cubana, em 1959, abriu grandes possibilidades de transformações na ilha, que ocorreram em todos os âmbitos da sociedade, inclusive no campo da política cultural. Inúmeros jornais, publicações, editoras e instituições culturais foram criados já nos primeiros anos da Revolução. No entanto, desde o princípio, limitações e limites foram colocados pelo governo, cerceando muitas vezes a liberdade de expressão e criação.Barthon Favatto Jr. convida o leitor a acompanhar as trajetórias e os engajamentos nas lutas revolucionárias dos intelectuais cubanos Guillermo Cabrera Infante e Carlos Franqui desde 1951, quando fundam a Sociedad Cultural Nuestro Tiempo, e a responsabilidade por comandar o jornal porta-voz do regime revolucionário, Revolución, e seu suplemento cultural, Lunes de Revolución. Mostra como o fechamento de Lunes e, posteriormente, do próprio Revolución, entre tantas disputas, levaram ao desencantamento destes escritores com o regime, até tomarem a opção do exílio, quando Franqui, último a sair, deixou a ilha em 1968.