O livro que apresentamos ao leitor é o resultado de uma série de pesquisas, discussões e debates que foram realizadas desde 2008 até os dias de hoje, envolvendo as áreas de saúde e educação para pacientes hipertensos, tendo como referência a Teoria da Subjetividade Histórico-Cultural. No primeiro capítulo abordamos o modelo biomédico, que até hoje ainda é hegemônico nos cuidados com a saúde, ao qual tecemos uma crítica sobre as limitações impostas por esse modelo na condição do tornar-se sujeito frente à patologia e como as assimetrias relacionais, médico-paciente, podem impactar a saúde-doença. No capítulo seguinte realizamos uma análise entre os dois principais modelos de educação em saúde: o tradicional e o dialógico, fazendo uma crítica e apontando algumas alternativas ao processo pedagógico na educação em saúde. No terceiro capítulo trazemos à discussão o aporte da complexidade e da subjetividade para dialogar com os processos de educação-saúde-doença, em que apontamos as principais categorias conceituais da subjetividade com o objetivo de apresentar um novo entendimento sobre os temas em questão. Dando continuidade à discussão, no capítulo que segue definimos conceitualmente as categorias saúde, doença e educação em saúde a partir da perspectiva histórico-cultural da subjetividade, em que delineamos uma nova via e novos modelos de inteligibilidade sobre como ocorrem as interligações e interrelações entre o sujeito e saúde, envolvendo os contexto social e individual em que acontecem essas relações. No próximo capítulo apresentamos a metodologia construtivo-interpretativa, de base qualitativa, que dialoga com o referencial teórico por nós adotado, que subsidia um estudo de caso realizado com uma pessoa hipertensa, em que se torna possível visualizar a relação das categorias conceituais da subjetividade histórico-cultural na pesquisa e a forma como são utilizadas na construção da informação.