Essa fábula, como outras de Ruth Rocha, questiona o autoritarismo, através de personagens que simbolizam a opressão; o Rei e os funcionários da Corte, todos eles grandes, falantes e bem nutridos. Os súditos pequenos, que representam o povo oprimido, nunca são vistos pelos gigantes que mandam e desmandam no reino. Mas, um dia os pequenos conseguem se unir e, usando pernas de pau para também ficarem grandes, obrigam o Rei a enxergá-los e a ajudá-los a resolver seus problemas. A partir do conhecido ditado popular 'O que os olhos não vêem o coração não sente', Ruth Rocha põe em evidência o que acontece quando os governantes não trabalham com e para o povo.