MEDO DA VIDANos seios dessa certeza incertaNo fundo desse escuro marRecuso lançar-me de alma abertaComo quem teme as ondas do a(mar)Apeguei-me ao lar, ao carnalEsqueço que sou alma, Minha carne, um canalPor isso de casa não mudoFirme, meu escudo, meu pé no chãoNão sei se temo o fim ou a continuaçãoEu nego a morteEu nego a vidaSeguro a sorteViver é corridaEu não desfaçoEu não refaçoEu temo a quedaEu conto os passosEu conto moedaRespiro em decomposiçãoLevando o coração na mãoE os desejos presos em mimSigo correndo pro fimNo fundo, uma verdade contidaQuem foge da morte, foge da vidaHannah Andressa Delgado