A nova edição traz uma análise da nova redação do art. 383 do Código de Processo Penal. Há, também, um minucioso estudo do novo procedimento da mutatio libelli, fruto das alterações do art. 384. Nesse aspecto, foram acrescidas reflexões sobre a imputação alternativa superveniente, antes defendida por parte da doutrina, que a reforma deixou claro não ser possível. Além disso, a reforma do procedimento dos crimes dolosos contra a vida, operada pela Lei 11.689/2008, também implicou alteração da disciplina na correlação entre acusação no tribunal do júri, com destaque para a supressão do libelo e a nova disciplina dos quesitos, que são analisados em detalhes. Além das mudanças legislativas, um ao outro fator também justificava a elaboração de uma segunda edição. Embora o tema da correlação entre acusação e sentença seja um tema que pode ser considerado clássico no processo penal, quando lançamos a primeira edição, não havia na bibliografia nacional nenhuma monografia sobre o tema, que era tratado apenas em artigos e manuais. Porém, desde a sua publicação, em 2000, surgiram várias monografias, de inegável qualidade, que em vários pontos analisaram nossas posições, acolhendo-as ou criticando-as. O debate é, como sempre, saudável, e procuramos dar-lhe continuidade nessa segunda edição.